Babaganoush da Lucinha

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Babaganoush da Lucinha

2 de dezembro de 2020

Descrição

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Viver 2020 não foi fácil para ninguém. Fácil, só mesmo chegar aqui desanimado, contando perdas e sonhos adiados e com a sensação de que esse ano foi meio em vão. Eu me peguei nessa vibe, murcha de tudo, pensando em como o ano foi terrível e como 2021 parece incerto.

Daí resolvi recuperar minha lista de objetivos para 2020 – eu não a olhava desde março. E fiquei positivamente surpresa. De um jeito meio inesperado, eu consegui cumprir boa parte do que eu havia desejado. No meu caderninho, estava escrito assim:

Em 2020, eu quero…

  1. Consolidar minha transição pra o veganismo;
  2. Estabelecer uma nova relação com o trabalho – principalmente, com o tempo que dedico a ele;
  3. Quero ler mais;
  4. Quero ver mais filmes e séries que me enriqueçam;
  5. Quero ter mais tempo para mim;
  6. Quero diminuir drasticamente o tempo de uso do celular;
  7. Quero reativar o blog, mas sem pressão;
  8. Quero viajar mais;
  9. Quero fazer novas tatuagens;
  10. Quero cuidar melhor de mim.

Gente, eu fiz quase tudo!

Como passei todo o tempo em casa, cozinhando a minha comida, a transição para o veganismo não ficou sujeita à disponibilidade de cardápio dos deliveries.

A nova relação com o trabalho veio na marra: estando em teletrabalho, com filhos em teleaula e precisando cuidar da casa sem ajuda externa, foi preciso dividir melhor as tarefas e reequilibrar minha dedicação a cada parte da vida – inclusive, reservando espaço para mim, para não enlouquecer.

Incorporei vários hábitos positivos – meditação, leitura e práticas de autocuidado para minimizar as dores na coluna lombar. Adquiri um novo vício: Netflix (inclusive aceito sugestões de séries)!

E esse blog continuou a existir, com postagens bem espaçadas, mas vivo.

O resto – diminuir o uso do celular, fazer tatuagens e viajar mais – não rolou por motivos óbvios.

E você, como foi a sua listinha do que queria para 2020? Ah, você não fez? Ou ela foi toda adiada? Então proponho um exercício. De preferência, faça por escrito (quando a gente escreve, tem a oportunidade de processar o que viveu e reprocessar, ao reler o que escreveu).

Pense em tudo que você aprendeu e experimentou nesse ano. Pense em tudo que você ganhou de positivo. Pense naquilo deixou para trás e que fez bem para você. Pense nas maneiras de conviver que você descobriu – sejam elas a distância ou presenciais. Pense em como você ganhou clareza daquilo que realmente é importante para você. Vê como você cresceu? Vê que pessoa incrível e resiliente você é? E tem tudo para se fazer mais feliz no ano que vem. Acredite!

E, das coisas boas que aprendi na quarentena, certamente está essa babaganoush do jeito que a minha mãe prepara. Tão suave e gostosa, gente! Vale muito a pena provar! Quem sabe ela não vira uma das coisas boas que você vai levar de 2020?

Receita da mamãe (a Lucinha ;-))

Ingredientes

3 berinjelas pequenas (ou duas grandes)
1 colher (sopa) de tahine
1 cebola pequena fatiada (ou meia cebola grande)
1 dente de alho gorducho picado
Suco de 1 limão tahiti
Azeite quanto baste (vamos usar 2 fios)
1/2 colher (chá) de pimenta síria
Sal a gosto

Modo de Preparo

Queime as berinjelas na chama do fogão até as cascas ficarem pretas e quebradiças. Mude-as de posição com o auxílio de uma pinça de cozinha bem longa para que toda a superfície fique queimada. Sim, faz sujeira e dá um pouco de trabalho. Mas vá por mim que vale a pena – o sabor defumado que você obtém faz toda a diferença.

Deixe que as berinjelas esfriem o suficiente para que você as manipule sem se queimar. Enquanto isso, aproveite para refogar a cebola e o alho em um fio de azeite, até dourar. Apague o fogo e reserve.

Acomode as berinjelas em uma tábua de corte e remova o ‘cabinho’ com o auxílio de uma faca. Vá retirando cuidadosamente as cascas queimadas com as mãos. Sim, mais trabalho e mais sujeira. Mas tenha fé – pense na cara de prazer de quem vai comer e siga em frente.

Agora você pode escolher – continuar trabalhando com uma faca grande e afiada ou usar o multiprocessador (muda a textura, mas pode deixar que eu não conto pra minha mãe que você usou). Pique a berinjela bem picadinha até que ela fique pastosa. Some o tahini e misture até ficar bem distribuído pela pasta de berinjela. Reserve (em uma tigela, se a sua tábua de corte não for muito grande).

Agora, pique a cebola e alho tão caprichosamente quanto a berinjela. Se estiver usando o processador, remova a pasta de berinjela para uma tigela e processe o alho e a cebola até ficarem bem trituradinhos.

Adicione o alho e a cebola à pasta de berinjela e misture bem. Adicione o suco de limão, a pimenta síria e uma pitada de sal. Misture, prove e adicione mais sal, se achar necessário.

Transfira para o pote de servir, regue com azeite e pode mandar bala. Torradinhas ou pão sírio são acompanhamentos perfeitos!

Observações Finais

* Essa mesma receita funciona lindmente com jiló. Só dá (mais) trabalho queimar e descascar os bichinhos.

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Assado de berinjela com tomate e grão-de-bico
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Bolo vegano de banana, pecã e especiarias
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